Justiça derruba exigência de regularizar o CPF para receber a ajuda de R$ 600
A Justiça derrubou a exigência de regularizar o CPF para receber a ajuda de R$ 600, barreira que estava provocando filas e aglomerações pelo Brasil, mas as filas continuam nesta quinta em várias cidades. Mapa de Prefeitura de SP mostra que as mortes por coronavírus estão concentradas na periferia. A provável substituição de Mandetta no Ministério da Saúde é tema do podcast O Assunto, com Renata Lo Prete. Os EUA têm 2.569 mortes em 24 horas, maior número já registrado na pandemia. E o Monitor da Violência, ferramenta exclusiva do G1, mostra que o número de pessoas mortas pela polícia cresceu no Brasil em 2019 e o de policiais assassinados caiu pela metade.
Ajuda de R$ 600, filas e o CPF
O juiz federal Ilan Presser, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), suspendeu a exigência de regularização do Cadastro de Pessoa Física (CPF) para que a pessoa possa receber o auxílio emergencial de R$ 600. A regularização do CPF era uma das exigências do governo para liberar o pagamento, mas a Justiça entendeu que a exigência tem provocado aglomerações – o que contraria orientações das autoridades de saúde.
Apesar da decisão, pessoas voltaram a passar a madrugada em filas para regularizar o CPF. Mesmo com chuva, a situação se repetiu pelo 4º no Rio.
“As praias estão interditadas, eu vivo da praia. Está difícil, preciso desse benefício. Claro, não é muito, não vai salvar a minha vida, mas vai ajudar a comprar as coisas, ajudar dentro de casa”, diz o ambulante Mauro dos Santos, o primeiro a chegar na fila em Madureira, na Zona Norte do Rio.Calendário de pagamentos
A Caixa começa a pagar nesta quinta a primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600 aos beneficiários do Bolsa Família e aos trabalhadores que se inscreveram no programa emergencial por meio do aplicativo e do site logo no primeiro dia.
Mortes suspeitas ou confirmadas de coronavírus se concentram na periferia da cidade de São Paulo, aponta estudo. — Foto: Divulgação / Secretária Municipal de Saúde
A cidade de São Paulo registrou 1.207 mortes confirmadas ou suspeitas de coronavírus entre 23 de fevereiro e 11 de abril, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Os dados fazem parte de um mapa que mostra a distribuição dos óbitos por distrito. A concentração de vítimas se dá na periferia.
As 1.207 mortes potencialmente causadas pelo vírus são quase o triplo das 422 mortes confirmadas na capital. A diferença dos números oficiais para o mapa se deve, em grande parte, ao atraso no processamento dos testes.
O Brasil teve ao menos 5.804 pessoas mortas por policiais no ano passado – alta de 1,5% em relação a 2018 – e 159 policiais assassinados – queda de 51%. É o que mostra um levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais de 25 estados e do Distrito Federal.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou ontem que ele e os secretários que o auxiliam entraram juntos no ministério e sairão juntos. Mais cedo, seu secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, chegou a pedir demissão.
O motivo era a provável saída de Mandetta do ministério, devido às divergências com o presidente Jair Bolsonaro, mas o ministro não aceitou o pedido. Apesar da recusa, Mandetta falou em tom de adeus do Ministério da Saúde, reconheceu a divergência com Bolsonaro e admitiu que pode sair.
Brasil tem 1.924 mortes e 30.425 casos de coronavírus, diz ministério
Letalidade do país chega a 6,3%. Foram 188 mortes a mais desde a quarta.
Mortes por Covid-19 nos últimos 7 dias no Brasil — Foto: Arte/G1
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (16) o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. Os principais dados são:
- 1.924 mortes, eram 1.736 na quarta, aumento de 10,8%
- 30.425 casos confirmados, eram 28.320, aumento de 7,4%
- São Paulo tem 853 mortes e 11.568 casos confirmados
- Em 7 dias, total de mortes subiu 82,4%
- Mistério da Saúde confirma 30,425 casos.
- Fonte,Estrem News
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